Aviões e Aeroportos: Avianca Companhia-Colômbia





Avianca é uma companhia aérea da Colômbia, sendo a mais importante do país. Foi a primeira linha aérea comercial de passageiros fundada na América e a segunda no mundo. É sexta maior companhia na América Latina. Atualmente pertence ao mesmo grupo que controla a brasileira OceanAir.

História


A Avianca é a primeira companhia aérea comercial fundada nas Américas e a segunda no mundo. A sua criação ocorreu graças ao talento e ao espírito aventureiro dos alemães Werner Kaemerer, Stuart Hosie, Alberto Tietjen e dos colombianos Ernesto Cortizzos (o primeiro Presidente da companhia aérea), Rafael Palacio, Cristóbal Restrepo, Jacobo Correa e Aristides Noguera.
Estes visionários e sonhadores fundaram em 05 de dezembro de 1919, na cidade de Barranquilla (Colômbia), a Sociedade Colombo-Alemã de Transporte Aéreo - SCADTA.
A companhia realizou o primeiro vôo entre Barranquilla e a população próxima de Puerto Colômbia, abordo de um Junker F-13 no qual foram transportadas 57 cartas. O vôo foi comandado pelo Piloto alemão Helmuth Von Krohn.
Este avião Junker F-13 e outro do mesmo tipo fizeram parte da primeira frota da companhia aérea, monoplanos de asa baixa e de construção completamente metálica cujos motores tiveram que ser modificados para poder operar eficientemente nas condições climáticas do país. Tinham 9,50 metros de comprimento e 3,50 metros de altura. A sua capacidade de vôo era de 850 quilômetros e podiam levar até 4 passageiros, além dos dois tripulantes.
Devido às características topográficas do país, foram adaptados dois flutuadores aos Junker com o objetivo de poder realizar pousos nos rios de diferentes cidades. Assim, em 20 de outubro de 1919 e seguindo o curso do rio Magdalena, Helmuth Von Krohn realizou o primeiro vôo para o interior da Colômbia. Foram oito horas com quatro aterrizagens de emergência incluídas.
Com a mesma visão do grupo de fundadores, Peter Von Bauer, um científico e filantropo alemão, interessou-se pela SCADTA e contribuiu com conhecimentos, dinheiro e outro avião para a Companhia. Igualmente obteve para a SCADTA, a concessão do Governo colombiano para o transporte do correio aéreo do país, com que a SCADTA desenvolveu-se definitivamente.
Já na metade da década de 20, superando muitos tropeços naturais, a SCADTA inaugurou as rotas internacionais que cobriam inicialmente destinos na Venezuela e nos Estados Unidos.
Lamentavelmente, na mesma década, exatamente em 1924, o avião onde viajavam entre outros Ernesto Cortizzos e Von Krohn, precipitou-se a terra na zona que hoje é conhecida como Bocas de Ceniza, acidente que provocou a morte dos seus ocupantes.
Dadas as circunstâncias da Segunda Guerra Mundial, o cidadão colombo-alemão Von Bauer tinha tido que vender as suas ações da SCADTA à companhia norte-americana Pan American.


-Em setembro de 1920, com Fritz Hammer como piloto, Wilhem Schnurrbush como co-piloto e Stuart Hosie como passageiro, a SCADTA realizou o primeiro vôo entre Barranquilla e Puerto Berrio.
-Em 19 de outubro do mesmo ano, Helmuth Von Krohn realizou o primeiro vôo entre Barranquilla e Girardot, e já em 1921 foram estabelecidas as rotas entre as cidades de Barranquilla, Girardot e Neiva.
-Em 1922 a Avianca começou a prestar o serviço de correio aéreo.
-Em agosto de 1922, o General Pedro Nel Ospina, Presidente da Colômbia naquele momento, utilizou por primeira vez um avião da SCADTA para realizar uma missão oficial.
-Em 19 de julho de 1923, para salvar o país da bancarrota, a SCADTA transportou um carregamento de ouro e papel moeda desde Puerto Berrio até Girardot.
-Em 12 de julho de 1928 um Junker F-13 da SCADTA comandado pelo Piloto Herbert Boy cruzou a linha do Equador.
-Em 23 de julho de 1929 foram estabelecidas as rotas regulares entre Girardot e Bogotá.


As primeiras passagens aéreas da SCADTA custavam:


* De Bogotá a Barranquilla $75.


* De Bogotá a Cartagena $85.


* De Bogotá a Cartago $35.


* De Bogotá a Cali $50.






Em 16 de julho de 1931 a SCADTA estabeleceu o primeiro serviço de correio entre Bogotá e Nova York.


Em 1937 a primeira companhia aérea das Américas adquiriu 10 Boeing 247 bimotores e graças a eles ampliou as rotas nacionais.

Em outubro de 1939, já como Avianca, adquiriu os primeiros aviões DC 3 que chegaram ao país e voavam a incrível velocidade, para a época, de 200 milhas por hora.


 Aerovías Nacionales de Colombia


Avianca Edifício Bogota


Assim, em 14 de junho de 1940 em Barranquilla, ante tabelião público, foi assinada a escritura de constituição da Companhia Aerovias Nacionais da Colômbia S.A. – a Avianca, graças à fusão da SCADTA, já em mãos norte-americanas e do SACO, Serviço Aéreo Colombiano.
Participaram nisso cinco colombianos (os senhores Rafael Maria Palacio, Jacobo A. Corea, Cristobal Restrepo, Aristides Noguera e Ernesto Cortissoz) e os cidadãos alemães Alberto Teitjen, Werner Kaemerer e Stuart Hosie, e assumiu como primeiro Presidente da Avianca o senhor Martín del Corral.


Foram décadas de trabalho esforçado e de contribuição para a construção e desenvolvimento da Colômbia mediante ações entre as quais se podem destacar:


Quito, Lima e Panamá, e logo Miami, Nova York e a Europa foram as rotas que em 1946 a Avianca começou a operar em DC4 e C54.


Os aviões Lockeed Constellation 0749 e o Super Constellation 1049L, os maiores e mais rápidos da época, foram os que a Avianca adquiriu em 1951.


A grande façanha da aviação comercial colombiana também foi obra da Avianca em 1956, quando a companhia aérea se comprometeu a levar a delegação colombiana que devia participar nos Jogos Olímpicos de Melbourne, na Austrália. Foram 61 horas de operação contínua, somente com escalas para abastecer a aeronave. Durante muito tempo foi considerada como a maior façanha da aviação do país.
Quatro anos depois a Avianca alugou dois Boeing 707 - 100 para servir rotas internacionais e em 24 de novembro de 1961 adquiriu os seus próprios Boeing 720, batizados com os nomes de Bolívar e Santander.
1976, ano importante para a Avianca, quando se converteu na primeira companhia aérea na América Latina em operar continuamente um Jumbo 747. Três anos mais tarde iniciou operações outro Jumbo, desta vez um 747 Combi, para a área de carga.
Em 1981 as possibilidades de serviço em terra para os passageiros em Bogotá se ampliaram graças ao moderno terminal aéreo que a Avianca pôs em funcionamento. A Ponte Aérea da Avianca serviu inicialmente as rotas para Miami, Nova York, Cali, Medellín, Pasto e Monteria.
Em 1990 a Avianca adquiriu dois dos aviões mais modernos do mundo: Boeing 767 - 200 ER, os quais foram batizados com os nomes de Cristóvão Colombo e Américo Vespúcio.


 Sistema Avianca


Em 1994 estabeleceu-se uma aliança estratégica que vinculou a três das empresas mais importantes do setor aeronáutico: a Avianca, a SAM (Sociedade Aeronáutica de Medellín) e a HELICOL (Helicópteros Nacionais da Colômbia), o que deu vida ao Sistema Avianca.
O Sistema Avianca contou com serviços especializados nas áreas de Carga (Avianca Carga) e correio (Serviços Postais, logo sob a marca Deprisa), assim como com a frota de aeronaves mais moderna da América Latina formada por:


* Boeing 767 - 200.


* Boeing 767 - 300.


* Boeing 757 - 200.


* McDonell Douglas MD - 83.


* Fokker - 50.


* Helicópteros Bell.


O Sistema Avianca cobria na Colômbia e no mundo os seguintes destinos:


Dentro da Colômbia: Bogotá, Arauca, Armenia, Cali, Medellín, Barranquilla, Bucaramanga, Cartagena, Cúcuta, Santa Marta, Letícia, Manizales, Monteria, Pasto, Pereira, Popayán, Riohacha, San Andrés, Valledupar, Providência, Capurganá, Bahia Solano, Nuqui, Caucásia e Chigorodó.


Na América do Sul: Buenos Aires, Santiago do Chile, Rio de Janeiro, São Paulo, Lima, Quito, Guayaquil, Caracas.


Nos Estados Unidos: Los Angeles, Nova York, Miami e Washington.


Na Europa: Madri, Paris, Frankfurt e Londres.


Na América Central e no Caribe: México, Panamá, San José de Costa Rica, Curaçau e Aruba.


Em 1996 foi criada a marca Deprisa, como evolução da Avianca Serviços Postais, para o serviço de envio e entrega de documentos e mercadorias urgentes em 24 horas, com as tarifas mais competitivas do mercado, através da Deprisa e Deprisa Empresarial, Correio Tradicional, Recomendados, envios Aeroporto - Aeroporto e Caixas Postais.
Em 10 de dezembro de 1998 a Avianca pôs a serviço dos passageiros da Colômbia e do mundo o seu Centro de Conexões em Bogotá, com aproximadamente 6.000 possíveis conexões semanais, maior número de freqüências, horários e destinos atendidos, aproveitando em benefício da Colômbia e dos passageiros a privilegiada localização geográfica da capital do país.


 Alianza Summa


Em 20 de maio de 2002, depois de um cuidadoso e complexo processo para enfrentar a crise que vinha passando a indústria aérea, depois de 11 de setembro, a Avianca e a Sam formaram junto com a Aces (Aerovias Centrais da Colômbia) a Alianza Summa.
Estas companhias aéreas decidiram unir as suas fortalezas estrategicamente para oferecer um serviço superior em qualidade e quantidade: seguro, confiável, cálido, pontual, mais eficiente e a preços mais competitivos. Entretanto, circunstâncias adversas na indústria e nos mercados, e apesar dos excelentes resultados da união, em novembro de 2003 os acionistas decidiram iniciar a liquidação da Sociedade Alianza Summa e unir esforços para o fortalecimento da marca Avianca.


 Aerovías del Continente Americano




Em 10 de dezembro de 2004, a Avianca concluiu um dos mais importantes e ambiciosos processos de reorganização empreendidos: o processo do Capítulo 11.
A Avianca conseguiu a confirmação do seu Plano de Reorganização que é apoiado financeiramente pelo consórcio brasileiro OceanAir/Grupo Synergy e pela Federação Nacional de Cafeteiros da Colômbia, o que permitiu à Companhia Aérea obter recursos por US$63 milhões de dólares nos 13 meses seguintes à saída do C-11.
O Plano, que contou com o apoio de 99.8% dos credores que votaram e que teve o respaldo majoritário do Comitê de Credores, se tornará efetivo assim que a Empresa emergir do C-11. De acordo com a legislação dos Estados Unidos, a Administração tem a obrigação fiduciária de considerar qualquer outra proposta de investimento até o vencimento do prazo final estipulado hoje.
Entretanto, dita oferta, além de ser melhor que a que foi aprovada pelos credores nacionais e internacionais da Avianca e confirmada hoje pela Corte, deve estar firme, ou seja, plenamente financiada e respaldada com depósitos em dinheiro não reembolsáveis ou por mecanismos equivalentes. Igualmente, deve ser de caráter vinculante.
Como se sabe, o único investimento que cumpre com estes requisitos é o da OceanAir/Grupo Synergy e o da Federação Nacional de Cafeteiros da Colômbia, a qual faz parte do Plano de Reorganização votado favoravelmente pelos credores e confirmado hoje pelo Juiz.


O Grupo Synergy é um importante conglomerado empresarial brasileiro de demonstrada solidez financeira. A sua grande fortaleza está no setor petroleiro, pois constrói, instala e faz manutenção em plataformas. Realiza explorações no Brasil, no Equador e na Colômbia. Outros negócios incluem a extração de gás nos Estados Unidos, a construção naval, infra-estruturas de telefonia, centrais de energia hidrelétrica, comunicações e uma companhia de exploração marinha de hidrocarbonetos, que se estende por nove países com mais de 5.000 colaboradores.
É o dono e operador da companhia aérea Ocean Air que atende umas trinta cidades no Brasil, da companhia aérea Vipsa no Equador, da Táxi Aéreo e da recentemente adquirida Wayra no Peru, e da Turb Serv dedicada à manutenção de turbinas.




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